Dizem-se revisionistas da história da Segunda Guerra Mundial.
Aos que os acusam de querer negar as «perseguições raciais», as «deportações», os «campos de concentração», os «fornos crematórios» e os «testemunhos», dizem que não. Não negaram. Mas não subscrevem a existência de câmaras de gás homicidas em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, porque os exames forenses efectuados por Jan Sehn em 1945 não chegaram a elas.
Três nomes: Paul Rassinier, Robert Faurisson e Henri Roques. Três obras: Le mensonge d`Ulysse - Ulysse trahí par le siens, Mémoire en défense - Réponse à Pierre Vidal-Naquet e uma tese sobre as «confissões» de Kurt Gerstein. Estão proibidas em França, mas dizem congregar no seio do seu movimento gente de todos os credos e convicções políticas: cristãos e judeus, muçulmanos e ateus.
Oficialmente, estão interditos em França. Revisionistas de direita, tal como se apresentam em público defendem teorias que julgam ir enformar «a grande aventura intelectual deste fim de século».
Mas há também os que não são nada favoráveis a estas «revisões históricas». «Os nossos adversários», queixam-se os revisionistas franceses, ainda hoje «procuram vedar-nos o acesso aos media ou proibir as nossas conferências. Até o direito de resposta, que nos devia assistir constitucionalmente, é muitas vezes ignorado. Em alternativa, querem impor-nos à força o tribunal, o cárcere, o asilo, o hospital ou a morgue.
Num manifesto, divulgado há dias nos meios políticos de Paris, os revisionistas vieram contestar que a História pudesse ser declarada administrativamente. «Tem de ser provada todos os dias», acrescentavam. Só que os intelectuais franceses não dão mostras de querer compreendê-los. Ou compreendem mal. Simone Veil chama-lhes «palhaços», Bruno Frappat «gangsters da história» e Plerre Vidal Naquet «excrementos»...
Rever ou não rever a História do pós-guerra
Acusados de pretender «negar a realidade», ser «agentes provocadores» ou tentar «falsificar a própria história», resta-lhes resistir aos raciocínios falaciosos da literatura do Holocausto. (Segundo o ponto de vista revisionista, ela parte de uma premissa falsa: a de que, em nenhuma circunstância, seria necessário ou sequer útil, saber como é que tecnicamente os nazis puderam cometer as atrocidades relatadas no fim da Segunda Guerra Mundial.
Os seguidores de Paul Rassinier, ex-deputado de Buchenwald, pacifista e literário, ex-deputado socialista e fundador do revisionismo histórico defendem o debate público destas questões.
Protegem-se à sombra da seguinte argumentação: afinal, já se renunciou aos mitos de que em 1944 o Exército alemão decepava as mãos dos recém-nascidos belgas e fazia depois uso das «fábricas da morte» para transformar os cadáveres em sabão ou fertilizantes; afinal, foram os soviéticos quem procedeu à execução sistemática, nos bosques de Katyn, de 11 mil oficiais polacos.
Se a esta lista acrescentarmos o Relatório Leuchter, que em Abril de 1988 concluiria pela total «impossibilidade física e química dos gaseamentos em Auschwitz, Birkenau e Majdanek, e as revelações recentes do agente duplo Oleg Gordievsky, que afirma nas suas Memórias ter tido sob visto o dossier Raoul Wallenberg, que o dá como «executado» pelo KGB em 1947, na prisão de Lubyanka», as dúvidas avolumam-se.
A «mão dos vencedores»
Um notório «revisionista» privado da sua cátedra, o professor Robert Faurisson, chamava a atenção há um ano para que a história do pós-guerra tinha sido escrita pela «mão dos vencedores».
A 16 de Setembro, pagaria caro ter colocado em questão se a literatura do Holocausto não poderia, ela também, ter dado abrigo a muitas mentiras e imprecisões históricas. Nesse dia, havia de ser alvo de uma «tentativa de assassinato»,à porta da sua casa, em Vichy perpetrado por três jovens de um grupo até então desconhecido, os Filhos da Memória Judia.
Referindo-se à ocorrência, Serge Klarsfeld, diria aos microfones da Rádio J que não se tratava de nada de tão surpreendente, como se pretendia fazer crer, «pois alguém que insiste em provocar a comunidade judia há tantos anos, deve contar com este tipo de reacções. Não se pode ao mesmo tempo insultar a memória do, vítimas e esperar que não haja consequências. Isto é algo que talvez eu próprio possa lamentar, mas é normal, até natural, acrescentou. Klarsfeld, nas poucas linhas que escreveria dois dias depois num periódico em que colabora, La Lettre Télégraphique Juive/Jour J, titularia «Faurisson vítima das suas provocações», a justificar como tinha sido a boa lição de democracia...
Muito diferente seria a posição do reputado historiador e docente universitário Sorbonne, Jean Tulard, especialista no período napoleónico aos microfones da Rádio Luxemburgo «Há (nas teses de Robert Faurisson) uma demonstração muito rigorosa, muito lógica, perfeitamente argumentada», diria no mês seguinte à revista Le Choc du Mois.
Houve ou não «gaseamentos» e política «de extermínio»?
Confrontar a versão do brasileiro Marcos Margulies, sobre o que seria hipoteticamente a «capacidade máxima de incineração existente nos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau com as conclusões do Relatório Leuchter parece ser hoje um dos principais motivos de tensão entre os «revisionistas» e os seus «adversários» para quem os gaseamentos em massa «foram possíveis tecnicamente porque tiveram lugar». (...) «Não há, não pode existir qualquer debate sobre, a existência das câmaras de gás», tinham advertido 34 historiadores no jornal Le Monde, em 21 de Fevereiro de 1979.
Margulies, ignorando que tecnicamente só se podiam incinerar diariamente 354 corpos em ambos os campos de concentração, conclui que em cada um dos quatro «modernos crematórios de Birkenau, morriam 24.000 que pessoas por dia. Margulies não conheceu os campos. E desconhecia tanto o Relatório Leuchter, como o facto de, antes do dia 29 de Julho de 1988, quando foi assinado um acordo entre os investigadores americanos do Memorial das Vítimas do Holocausto e os responsáveis pelo Arquivo Nacional Soviético, «ninguém podia dispor de dados exactos sobre a alegada política nazista de extermínio.»
O Relatório Leuchter...
De facto o relatório elaborado pelo engenheiro Fred A. Leuchter Jr., um especialista americano nas execuções por gás responsável pelo projecto e fabrico dos equipamentos usados em todas as penitenciárias dos Estados Unidos, aponta noutro sentido. Leuchter, deslocou-se com a sua mulher Carolyn, o desenhador Howard Miller, o operador de câmara Jürgen Neumann e um intérprete polaco, Theodor Rudolph, a Auschwitz, Birkenau e Majdanek, entre 25 de Fevereiro e 3 de Março de 1988.
Fê-lo a pedido de Robert Faurisson, que o contratou em nome de Ernst Zündel para efectuar «uma missão de investigação e avaliação judicial dos crematórios, existentes, e das alegadas execuções por câmaras de gás postas em acção pelos alemães na Polónia», apresentando de seguida a sua opinião profissional.
Esta missão, que os revisionistas consideram «histórica», pretendia «determinar se as execuções por gás o ZykIon B , tal como as instalações crematórias, podiam ter funcionado do modo que lhes foi atribuído pela literatura do Holocausto».
Após a recolha das amostras e da sua «transferência» para território norte-americano, onde seriam analisadas nos Laboratórios Alpha, em AshIand, Massachusetts, os técnicos da «Fred A. Leuchter Associates», viriam a comprovar o que os revisionistas haviam revelado já na Primeira Convenção do «Instituto de Revisão Histórica de Los Angeles» em 1979.
Tratava-se de câmaras mortuárias necrotérios ou morgues ou até de câmaras de gás «de desinfecção», mas não de câmaras de gás «homicidas».
E as «conclusões» técnicas
Ao longo de 193 páginas Leuchter, por ironia técnico de um país que lutou contra a Alemanha nazi, dava como provado que «as alegadas câmaras de gás, nos Iocais inspeccionados, não poderiam ter sido então, nem poderiam ser agora usadas ou seriamente levadas em conta para funcionar como câmaras de gás para execução». Concluía não existirem «quaisquer vestígios de cianureto, ou então níveis extremamente baixos» à excepção de um compartimento, indicado como «Sala de Despiolhamento número um» de Birkenau, em que «a amostra de controle n.º 32 apontava para a possível desinfecção, dos alegados crematórios durante a guerra».
Sim, o gás de hidro-cianureto é «um dos venenos mais poderosos, é altamente tóxico». Só um miligrama para um quilo de peso do corpo humano pode matar, pois não tem praticamente qualquer efeito irritante indicativo, dizem os revisionistas. Mas por outro lado não, pois podia também ter sido utilizado na destruição de piolhos e similares, em operações de desinfestação...
Explicações «revisionistas» e ficção.
As dificuldades de adaptação, carência alimentar, precariedade na assistência sanitária, promiscuidade e transporte em condições degradantes dos deportados para o Leste, os surtos epidémicos, os bombardeamentos aliados, a morte na frente russa, e as condenações à morte por «participação em acções de guerrilha e sabotagem» contra as tropas alemãs, bem como os maus tratos infligidos aos ao prisioneiros de guerra em ghettos geridos pelo Governo Civil judaico permitem, segundos os revisionistas, explicar outras tantas mortes, que a história não quis registar.
Escritores insuspeitos, como Jean-François Steiner em Treblinka ou Leon Uris em Mila 18, glosaram esta omissão histórica por diversas vezes. A razão próxima era, segundo eles, a pressão dos movimentos sionistas que recorriam a tudo para criar o Estado de Israel, como de facto viria a acontecer, em 1948. (Max Kleperman e a sua quadrilha de trapaceiros (judeus) constituem, um dos modos de ver a triste ficção do Judenrat.
A esta conhecida percentagem de L. Uris, J.F. Steiner delineou o que julga serem os kapos que dispunham de uma polícia própria, a KZ, para administrar os blocos judeus nos campos de concentração. Mais tarde, a exemplo de um verdadeiro réu confesso por «crime e espoliação» como Stanilaw Szmajzner usado em Dusseldorf como testemunha contra o comandante alemão de Treblinka e Sobibor, Franz Stangl seriam eles a ser chamados para arredar em Nuremberga os escolhos do «cumprimento estrito do dever legal» por parte dos oficiais alemães.
Quer o Manual Britânico das Leis Militares de 1929 quer Basic Field Manual Rules of Land Warfare norte-americano seriam alterados na Conferência de Teerão de 1944, para permitir a punição dos «criminosos de guerra nazistas». Mas no ghetto de Varsóvia, o que Leon Uris punha na boca de um miúdo era: «Não esconda o seu anel de ouro, mãe/ As suas oportunidades são quase nulas/ Pois, se alguém antes não o encontrar/ Kleperman, o goniff o fará... »
A teoria dos números errados
Os revisionistas defendem a pés juntos que Nuremberga foi ilegal, que o filme Shoah foi uma «falsa exploração» e que não são de fiar os números de mortos desencontrados divulgados antes de 1988.
Os arquivos soviéticos sobre Oswiecim (Auschwitz) falam em 74 mil mortos. Simplesmente, Gerard Reitlinger (The Final Solution), Raoul Hilberg «La destruction des juifs d`Europe» ou Yehuda Bauer (director do Institute of Contemporary Jewry, na Universidade Hebraica de Jerusalém), fazem variar essas mortes entre as 850 mil e mais de um milhão e meio de vítimas. O antigo comandante do campo, Höss, confessou 3 milhões, menos um do que está inscrito na placa que inaugurou o Monumento de Auschwitz-Birkenau, em 1945. O próprio Le Monde, diminuiu quase quatro vezes o número de mortes, entre 1978 e 1989. O Centro de Documentação Judaica de Simon Wiesenthal, que forneceu o número de vítimas para a primeira edição de Os Assassinos entre nós (1967) falava em 11 milhões. «Sem comentários», dizem os revisionistas no seu Manifesto. E perguntam: «É preciso proibir os revisionistas? Então agora é proibido colocar questões?»
O Diabo, págs. 28/30, 30.10.1990
<http://www.terravista.pt/mussulo/5747/inc.htm>
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