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Durante décadas, Israel violou as regras bem estabelecidas e baseadas no direito internacional e desobedeceu a numerosas resoluções das Nações Unidas na sua ocupação e conquista de terras, em matanças extrajudiciais, e nos repetidos actos de agressão militar. A maioria dos países do mundo olha para as políticas de Israel, e especialmente a sua opressão contra os Palestinianos, como ultrajantes e criminosas. Este consenso internacional reflecte-se, por exemplo, em numerosas resoluções das NU que condenam Israel, resoluções essas que foram aprovadas por esmagadora maioria.
"O Todo o Mundo" Secretário das Nações Unidas General Kofi Annan disse recentemente, "é de maior importância que Israel retire [dos territórios Palestinianos ocupados]. Não acredito que todo o mundo... possa estar enganado."[1] Apenas nos Estados Unidos os políticos e os média continuam a apoiar intensamente Israel e as suas políticas. Durante décadas os EUA forneceram a Israel apoios cruciais a nível militar, diplomático e financeiro, incluindo mais de 3 biliões de dólares de ajuda por ano.
O Bispo Desmond Tutu da África do Sul, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1984, identificou a razão de forma imparcial: "O governo de Israel colocou um pedestal [nos Estados Unidos], e criticá-lo é ser-se imediatamente apelidado de anti-semita," disse ele. "As pessoas estão assustadas no seu próprio país, têm medo de dizer que o mal está mal porque o lobby Judeu é poderoso - muito poderoso."[2]
O Bispo Tutu disse a verdade. Embora os Judeus constituam apenas três por cento da população dos Estados Unidos, eles exercem imenso poder e influência - muito mais que qualquer outro grupo étnico ou religioso.
Benjamin Ginsberg, como autor e professor de ciência política, assinalou o seguinte:[3]
"Desde os anos 60 que os Judeus têm exercido considerável influência na vida Americana nos ramos económico, cultural e político. Os Judeus representaram um papel principal nas finanças Americanas durante os anos 80, e eles estiveram entre os principais beneficiários dessa década de fusões e reorganizações comuns. Actualmente, apesar de pouco mais de dois por cento da população nacional ser Judaica, perto de metade dos bilionários são Judeus. O director geral de três das maiores redes de comunicações televisivas e quatro dos maiores estúdios de cinema são Judeus, assim como os donos da maior cadeia nacional de jornais e do mais influente jornal, o New York Times... Os cargos e a influência dos Judeus na política Americana são igualmente marcantes...
Os Judeus são apenas três por cento da população nacional e compreendem onze por cento daquilo que este estudo define como a elite da nação. No entanto, os Judeus constituem mais de 25 por cento da elite jornalística e editorial, mais de 17 por cento dos líderes de importantes organizações voluntárias e de interesse público, e mais de 15 por cento dos melhores empregados civis."
Stephen Steinlight, antigo Director do Conselho Nacional Americano dos Assuntos Judaicos, nota a similaridade do "poder político desproporcional" dos Judeus, o qual é "pouco a pouco, maior que qualquer outro grupo étnico/cultural na América." Ele continua, explicando que "o poder da influência económica Judaica está desproporcionalmente concentrado em Hollywood, na televisão, e na indústria noticiosa."[4]
Dois bem conhecidos escritores Judeus, Seymour Lipset e Earl Raab, assinalaram no seu livro de 1995, Os Judeus e o Novo Cenário Americano:[5]
"Durante as últimas três décadas, os Judeus [nos Estados Unidos] fizeram 50 por cento dos duzentos intelectuais de topo... 20 por cento dos professores nas principais universidades... 40 por cento dos sócios das principais firmas de advocacia em Nova Iorque e Washington ... 59 por cento dos directores, escritores e produtores das 50 melhores receitas de filmes de cinema de 1965 a 1982, e 58 por cento dos directores, escritores e produtores em duas ou mais séries de televisão de horário nobre."
A influência do Judaísmo Americano em Washington, salienta o diário Israelita Jerusalem Post, é "bastante desproporcional para o tamanho da comunidade, dos líderes Judaicos e do reconhecimento oficial dos EUA. Mas também o é a quantidade de dinheiro com que eles contribuem para as campanhas [eleitorais] ." Um membro da influente Conferência dos Presidentes das Principais Organizações Judaicas Americanas "estimou que os Judeus contribuíram sozinhos com 50 por cento dos fundos para a reeleição de [o Presidente Bill] Clinton na campanha eleitoral de 1996."[6]
"Não faz qualquer sentido tentar negar a realidade do poder Judaico e a sua proeminência na cultura popular," reconhece Michael Medved, um bem conhecido autor Judeu e crítico de cinema. "Qualquer lista dos mais influentes produções executivas em cada um dos grandes estúdios de cinema produzirá uma muito maior lista de reconhecidos nomes Judeus."[7]
Uma pessoa que tem estudado cuidadosamente este assunto é Jonathan J. Goldberg, agora editor do Forward, um influente semanário da comunidade Judaica. No seu livro de 1996, Poder Judaico, ele escreveu:[8]
"Em alguns sectores chave dos média, especialmente entre os directores dos estúdios de Hollywood, os Judeus dominam numericamente de tal forma que chamar a estes negócios 'controlados pelos Judeus' é pouco mais que uma observação estatística...
Hollywood no final do século vinte continua a ser uma indústria com uma matriz pronunciadamente étnica. Na prática todos os principais executivos dos maiores estúdios são Judeus. Escritores, produtores, e num degrau inferior directores, são desproporcionalmente Judeus - um estudo recente demonstrou que os números aumentaram para 59 por cento entre os filmes mais produtivos.
A influência combinada de tantos Judeus numa das indústrias mais importantes e lucrativas da América dá aos Judeus de Hollywood bastante poder político. Eles são a maior fonte de dinheiro para os candidatos Democratas."
Reflectindo sobre a sua função nos média Americanos, os Judeus são repetidamente retractados como possuidores de altos princípios, altruístas, confiáveis, misericordiosos, e merecedores de simpatia e suporte. Enquanto milhares de Americanos aceitam com prazer tal imagem esteriotipada, nem todos se deixam impressionar. "Estou muito zangado com alguns dos Judeus," queixou-se o actor Marlon Brando durante uma entrevista em 1996. "Eles sabem perfeitamente o que são as suas responsabilidades... Hollywood é dirigida por Judeus. É propriedade de Judeus, e eles têm que ter uma grande sensibilidade sobre o caso das pessoas que estão a sofrer."[9]
O poder intimidatório do "lobby Judeu" não é um fenómeno novo, mas tem sido há muito tempo um factor importante na vida Americana.
Em 1941, Charles Lindbergh falou sobre o perigo do poder Judaico nos média e no governo. Este tímido com 39 anos de idade - conhecido em todo o mundo pelo seu épico voo Nova Iorque - Paris em 1927, a primeira travessia solitária transatlântica - dirigiu-se a 7,000 pessoas em Des Moines, Iowa, a 11 de Setembro de 1941, sobre os perigos do envolvimento dos Estados Unidos na guerra que rebentava pela Europa. Os três mais importantes grupos que pressionavam a América para a guerra, explicou ele, foi o Britânico, foi o Judeu e a administração Roosevelt.
Dos Judeus, ele disse: "O seu maior perigo para este país repousa na sua enorme posse e influência nos nossos filmes de cinema, na nossa imprensa, na nossa radio, e no nosso governo." Lindbergh continua:
"...Por razões que são tão compreensíveis do seu ponto de vista como são inoportunas para nós, por razões que não são Americanas, [eles] desejam envolver-nos na guerra. Nós não podemos reprendê-los por defenderem aquilo em que acreditam para o seu próprio interesse, mas temos também que ver os nossos. Não podemos permitir que paixões e preconceitos naturais de outras pessoas conduzam o nosso país à destruição."
Em 1978, o Judeu Americano Alfred M. Lilienthal escreveu no seu estudo detalhado, A Ligação Sionista:[10]
"Como tem sido imposto o Sionismo ao povo Americano?... É a ligação Judaica, a solidariedade tribal entre eles e a espantosa influência entre os não-Judeus, que tem moldado o seu poder sem precedentes... Na enorme área metropolitana, a ligação Judaísmo-Sionismo penetrou perfeitamente nos afluentes financeiro, comercial, social, entretenimento e círculos artísticos"
Como resultado da influência Judaica nos média, escreve Lilienthal, a cobertura noticiosa do conflito Israelo-Palestiniano na televisão Americana, nos jornais e revistas, é cruelmente simpática para Israel. Isso é evidente, por exemplo, no enganador retracto do "terrorismo" Palestiniano. Como assinala Lilienthal: "A reportagem sobre o Holocausto vista só de um lado, e que, neste caso nunca relata as consequências, está sempre garantida porque os componentes mais efectivos da ligação Judaica estão provavelmente a controlar os média."
A História do 'Holocausto' Vista Só De Um Lado
Os Judeus influenciam a vida cultural e académica, o que tem um profundo impacto em como os Americanos olham para o passado. Em parte alguma encontramos uma mais óbvia e tão bem entrincheirada "Judeocêntrica" visão da história do que na campanha dos média sobre o "Holocausto", que se concentra no destino dos Judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.
Como o historiador Israelita do Holocausto Yehuda Bauer, professor na Universidade Hebraica em Jerusalém, observou:[11]
"No meio de apresentações genuínas ou de forma não autêntica, de acordo com os factos históricos ou em contradição a eles, com empatia e compreensão ou como um monumental estilo barato, o Holocausto transformou-se num símbolo frequente e importante da nossa cultura... Dificilmente passa um mês sem uma nova produção de Televisão, um novo filme, um novo drama, novos livros, prosas e poesias, lidando com o assunto, e o dilúvio vai aumentando em vez de diminuir."
O sofrimento dos não-Judeus simplesmente não merece uma atenção semelhante. Ofuscado pela vitimização Judaica estão, por exemplo, os milhões de vítimas Americanas aliadas na Segunda Guerra Mundial, na Rússia Estalinista, juntamente com as milhões de vítimas no regime da China Maoista, assim como os 12 a 14 milhões de Alemães, vítimas da fuga e expulsão de 1944-1949, das quais cerca de dois milhões perderam as suas vidas.
Os bem financiados média do Holocausto e a campanha "educacional" são de interesse crucial para Israel. Paula Hyman, professora de história Judaica moderna na Universidade de Yale, declarou:[12]
Em relação a Israel, o Holocausto pode ser usado para monopolizar a crítica política e suprimir o debate; reforça o sentimento dos Judeus como o povo eternamente marginalizado que apenas pode contar com ele próprio para a sua defesa. A invocação do prolongado sofrimento dos Judeus devido aos Nazis muitas vezes toma o lugar de um argumento racional, e é esperado que convença os mais desconfiados da legitimidade política governamental Israelita."
Norman Finkelstein, um estudioso Judeu que ensinou ciência política na Cidade Universitária de Nova Iorque (Colégio de Hunter), diz no seu livro, A Indústria do Holocausto, que "invocar o Holocausto" é "um truque para retirar legitimidade a qualquer crítica aos Judeus."[13] "Ao conferir uma total inocência aos Judeus, o dogma do Holocausto imuniza Israel e a América Judaica de censura legítima... O Judaísmo organizado explorou o holocausto Nazi para desviar as críticas a Israel e às suas políticas moralmente indefensáveis." Ele escreve sobre a insolente "exploração" da Alemanha, Suíça e outros países por Israel e o Judaísmo organizado "para a extorsão de biliões de dólares." "O Holocausto", vaticina Finkelstein, "poderá vir a tornar-se no 'maior roubo da história da humanidade'."
Os Judeus em Israel sentem-se livres para agir com brutalidade contra os Árabes, escreve o jornalista Israelita Ari Shavit, "acreditando com a absoluta certeza de que agora, com a Casa Branca, o Senado e uma grande quantidade dos média Americanos nas suas mãos, as vidas dos outros não valem tanto como as nossas em particular."[14]
O Almirante Thomas Moorer, antigo Presidente Chefe do Estado Maior dos Estados Unidos, falou com uma dura irritação sobre a influência Judaico-Israelita nos Estados Unidos:[15]
"Nunca vi um Presidente - não me interessa quem - enfrentá-los [os Israelitas]. Isto não deixa de nos confundir a cabeça. Eles conseguem sempre o que querem. Os Israelitas sabem sempre o que se passa. Cheguei a um ponto aonde eu deixei de escrever o que quer que fosse. Se o povo Americano tivesse percebido como essas pessoas se agarram ao nosso governo, eles já se teriam revoltado e até pegado em armas. Os nossos cidadãos, certamente, não têm a mínima ideia do que se está a passar."
Actualmente, o perigo é maior do que alguma vez foi. Israel e as organizações Judaicas, em colaboração com este país pró-Sionista, estão a espicaçar os Estados Unidos - a principal potência militar e económica do mundo - para novas guerras contra os inimigos de Israel. Como reconheceu recentemente o embaixador Francês em Londres, Israel - que ele chama de "aquele pequeno país de caca" - é uma ameaça para a paz mundial. "Por que haverá o mundo de estar em perigo de uma Terceira Guerra Mundial por causa daquele povo?," diz ele.[16]
Para resumir: os Judeus exercem demasiado poder e influência nos Estados Unidos. O "lobby Judeu" é um factor decisivo no suporte dos Estados Unidos a Israel. Os interesses Judaico-Sionistas não são idênticos aos interesses Americanos. Na realidade, eles estão frequentemente em conflito.
Enquanto o "muito poderoso" lobby Judaico ficar entrincheirado, não haverá fim para a sistemática distorção Judaica dos actuais assuntos e da história, para o domínio Judaico-Sionista do sistema político dos EUA, para a opressão Sionista aos Palestinianos, para o sangrento conflito entre Judeus e não-Judeus no Médio Oriente e para a ameaça de Israel à paz.
Notas
[1] | Citado em Forward (Cidade de Nova Iorque), 19 de Abril de 2002, p. 11. |
[2] | D. Tutu, "O Apartheid na Terra Santa," The Guardian (Grã-Bretanha), 29 de Abril de 2002. http://www.guardian.co.uk/Archive/Article/0,4273,4403427,00.html |
[3] | Benjamin Ginsberg, O Abraço Fatal: Os Judeus e o Estado (Universidade de Chicago, 1993), pp. 1, 103. |
[4] | S. Steinlight, "A Aposta Judaica na Transformação Demográfica Americana: Reconsideração na Política de Imigração Enganosa," Centro de Estudos para a Imigração, Nov. 2001. http://www.cis.org/articles/2001/back1301.html |
[5] | Seymour Martin Lipset e Earl Raab, Os Judeus e o Novo Cenário Americano (Univ. de Harvard. Imprensa, 1995), pp. 26-27. |
[6] | Janine Zacharia, "Os Embaixadores Não-Oficiais do Estado Judaico," The Jerusalem Post (Israel), 2 de Abril de 2000. Imprimido novamente em "Other Voices," Junho de 2000, p. OV-4, um suplemento do The Washington Report on Middle East Affairs. |
[7] | M. Medved, "Será Hollywood Demasiado Judaico?," Moment, Vol. 21, No. 4 (1996), p. 37. |
[8] | Jonathan Jeremy Goldberg, O Poder Judaico: No Interior da Instituição Judaica Americana (Addison-Wesley, 1996), pp. 280, 287-288. Ver também pp. 39-40, 290-291. |
[9] | Entrevista com Larry King, CNN, 5 de Abril de 1996. "Observação de Brando," Los Angeles Times, 8 de Abril de 1996, p. F4 (OC). Pouco tempo depois, Brando foi obrigado a pedir desculpa pelas suas observações. |
[10] | A. Lilienthal, A Ligação Sionista (Nova Iorque: Dodd, Mead, 1978), pp. 206, 218, 219, 229. |
[11] | De uma leitura de 1992, publicada em: David Cesarani, ed., A Solução Final: Origens e Aplicações (Londres e Nova Iorque: Routledge, 1994), pp. 305, 306. |
[12] | Paula E. Hyman, "Novo Debate Sobre o Holocausto," The New York Times Magazine, 14 de Set. de 1980, p. 79. |
[13] | Norman G. Finkelstein, A Indústria do Holocausto (Londres, Nova Iorque: Verso, 2000), pp. 130, 138, 139, 149. |
[14] | The New York Times, 27 de Maio de 1996. Shavit é identificado como um colunista do Ha'aretz, um jornal diário Israelita de língua Hebraica, "do qual este artigo é adaptado." |
[15] | Entrevista com Moorer, 24 de Agosto de 1983. Citado em: Paul Findley, Eles Atrevem-se a Falar: Pessoas e Instituições Confrontam o Lobby Israelita (Lawrence Hill, 1984 e 1985), p. 161. |
[16] | D. Davis, "French Envoy to UK: Israel Threatens World Peace," Jerusalem Post, 20 de Dez. de 2001. O embaixador Francês é Daniel Bernard. |
(Junho de 2002) Mark Weber ([email protected]) é director do Instituto para a Revisão Histórica (http://www.ihr.org/). Ele estudou história na Universidade de Illinois (Chicago), na Universidade de Munique, Universidade do Estado de Portland e Universidade de Indiana (M.A., 1977). Durante nove anos ele exerceu as funções de editor no Jornal de Revisão Histórica do IHR.
Posição do original artigo http://www.ihr.org/leaflets/jewishlobby.html; Traduzido por J. R. Drake
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